O projeto interdisciplinar envolveu pesquisa, oficinas práticas e interação com representantes da etnia Krenak.

A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) José Damasceno Filho, localizada em Baixo Guandu, realizou a III Exposição Cultural “Conexões Ancestrais: A importância de se estudar os Povos Originários do Brasil”.

A proposta foi desenvolvida com base em uma metodologia investigativa e colaborativa, com exibição de vídeos, rodas de conversa, tertúlias, pesquisas orientadas e oficinas práticas. Cada turma ficou responsável por estudar uma etnia indígena brasileira, explorando aspectos como ritos, alimentação, brincadeiras, vestuário e objetos culturais. A conclusão do projeto contou com uma exposição aberta à comunidade escolar, que apresentou os resultados por meio de painéis, vídeos, áudios, mapas e espaços interativos com os materiais produzidos pelos estudantes.

O encerramento contou com a participação de representantes da etnia Krenak, promovendo um momento de debate e reflexão coletiva sobre o papel dos povos indígenas na preservação ambiental, seus direitos e sua contribuição para a formação da identidade brasileira.

A professora Jocilene Schultz Pedrosa Gomes, responsável pela ação, avaliou positivamente os impactos pedagógicos do projeto: “O projeto combateu o preconceito e estimulou a consciência histórica dos estudantes, por meio de uma metodologia investigativa e colaborativa. Ao envolver os alunos em pesquisas e apresentações sobre diferentes etnias, a iniciativa fortaleceu habilidades como protagonismo, empatia e trabalho em grupo, evidenciando o papel da escola na valorização cultural e na formação cidadã.”

Durante a exposição, os alunos demonstraram envolvimento, curiosidade e sensibilidade. Representando a turma da 2ª série, o estudante Nicolas Kenupe Santos compartilhou sua impressão: “Gostei muito de conhecer a cultura do povo Krenak. A visita deles ampliou nossa visão de mundo e nos mostrou que existem diversas culturas, cada uma com seu valor e importância. Fiquei especialmente feliz quando eles visitaram as salas e elogiaram nosso trabalho sobre o povo Ticuna.”

A estudante Eloá Kellem Alves Mendes, da 1ª série, completou: “Aprendi várias curiosidades sobre diversos povos indígenas. Fizemos uma sala temática sobre os Yanomami e contamos um pouco da cultura deles. Adorei, e percebi que ninguém é igual a ninguém — cada um tem sua própria maneira de viver e demonstrar humildade.”

Já para Nathalia Fischer de Souza, da 2ª série, a experiência trouxe uma nova perspectiva sobre a diversidade cultural brasileira: “A feira cultural foi uma experiência incrível e enriquecedora. Participar da montagem do estande me fez perceber o quanto é importante respeitar e valorizar a história e os conhecimentos dos povos originários. Foi um momento de muito aprendizado e reflexão, que levarei comigo.”

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