Estudantes de São Mateus realizam investigação socioambiental com foco na cultura da paz e equidade

O objetivo foi capacitar os estudantes a analisar criticamente as desigualdades socioambientais presentes no território de São Mateus.
Alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Dr. Emílio Roberto Zanotti, localizada em São Mateus, participaram de uma atividade interdisciplinar que promoveu reflexões sobre a cultura da paz e a sustentabilidade no contexto local. A ação foi realizada entre os meses de maio e junho e contou com a orientação do professor de Ciências, Douglas Vicente do Carmo Lima.
A proposta foi desenvolvida em parceria com o projeto Belas Arte de São Mateus, representado pelo artista e professor Marcelo Pires de Oliveira, e envolveu o protagonismo estudantil na realização de uma investigação socioambiental. Os alunos estudaram territórios específicos do município, identificando áreas de vulnerabilidade e dialogando com artistas chilenos em um intercâmbio cultural que ampliou a compreensão sobre resiliência e expressão social.
Durante o projeto, foi discutida a vulnerabilidade de grupos específicos (como beneficiários de programas de renda, pessoas pretas e pardas e a população LGBTQI+) frente a desastres naturais. A atividade estabeleceu conexões entre as dimensões ambiental e social, dialogando com os eixos de Cidadania e Meio Ambiente da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
O objetivo foi capacitar os estudantes a analisar criticamente as desigualdades socioambientais presentes no território de São Mateus e propor soluções que promovam a equidade e a cultura da paz.
A iniciativa promoveu o desenvolvimento de habilidades em diferentes áreas do conhecimento. Em Língua Portuguesa, os alunos aprimoraram a escrita e a argumentação; em Geografia, aprofundaram a leitura do espaço urbano; em Ciências, analisaram os impactos ambientais e em saúde pública; e, na Matemática, quantificaram dados sobre desigualdades sociais.
“O projeto permitiu aos estudantes atuarem como investigadores e propositores de soluções em seu próprio território. Eles compreenderam a realidade local de forma crítica, reconhecendo as vulnerabilidades e valorizando a identidade cultural das comunidades envolvidas”, destacou o professor Douglas Vicente do Carmo Lima.
Um dos espaços analisados foi a Ladeira do Besouro. “A formação mudou a visão dos estudantes sobre a Ladeira do Besouro: eles agora entendem que o problema ambiental atinge de forma marcante pessoas mais vulneráveis, e ainda assim a solução não é tirá-las de lá. Pelo contrário, eles reconhecem e valorizam a forte identidade cultural que essas comunidades têm com o lugar. Mudança de pensamento e comportamento, no crivo”, afirmou Douglas Lima.
“As vulnerabilidades socioambientais estão em todo canto, mas é preciso uma atenção maior aos grupos que há muito tempo são subjugados”, pontuou estudante Emanuelly dos Santos Gonçalves. Já o aluno Isaque Marinho Fanticelle Vieira resumiu os pontos que interligam os temas: “Falar de meio ambiente envolve resistência dos povos nativos, envolve arte, envolve identidade, esse projeto pra nossa sala foi válido demais”, disse.
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