Projeto literário em Baixo Guandu promove reflexão sobre representatividade da mulher preta escritora capixaba
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Iniciativa utilizou obras de Conceição Evaristo, Elisa Lucinda e Jaqueline Moraes para promover consciência crítica e valorização da autoria negra feminina.
A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) José Damasceno Filho, localizada em Baixo Guandu, desenvolveu uma ação pedagógica que trouxe à tona a representatividade da mulher preta e escritora capixaba. O projeto, idealizado e conduzido pelo professor de Língua Portuguesa Bruno Henrique Castro de Sousa, integrou o Plano de Ação 2025 da unidade escolar.
A atividade recebeu o título “A invisibilidade da mulher preta escritora capixaba sob o olhar da escrevivência de Conceição Evaristo” e teve como proposta central a leitura, análise e produção textual, a partir de obras de autoras como Conceição Evaristo, Elisa Lucinda e Jaqueline Moraes, com enfoque na representatividade da mulher preta na literatura.
Os estudantes participaram de tertúlias dialógicas, rodas de conversa, produção de cartazes e textos reflexivos inspirados nos textos "A lua que menstrua", de Elisa Lucinda; no livro "Origens", de Jaqueline Moraes; e em trechos da obra "Olhos d’água", de Conceição Evaristo. Durante as atividades, reflexões sobre medo, força, resiliência, empoderamento e denúncia social emergiram com potência entre os educandos.
A proposta teve como objetivo desenvolver uma consciência crítica, literária e social nos estudantes por meio da valorização da produção literária de mulheres pretas, especialmente capixabas, historicamente marginalizadas no cenário literário. Além disso, buscou estimular a escuta ativa, a oralidade, a escrita autoral e o senso de pertencimento dos estudantes, por meio da valorização da identidade, do território e da representatividade negra.
“O diferencial deste projeto foi o protagonismo estudantil aliado ao diálogo entre literatura e reflexão social. A escolha das obras, que tratam de temas como dor, origem e superação, fez com que os alunos se conectassem profundamente às narrativas apresentadas”, destacou o professor Bruno Sousa.
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