Escola Dr. Silva Mello promove júri simulado para discutir impactos sociais e legais do ‘jeitinho brasileiro’
A Escola Estadual de Ensino Médio (EEEM) Dr. Silva Mello, localizada em Guarapari, realizou, uma prática pedagógica com estudantes da 1ª série do Ensino Médio: o “Tribunal do Jeitinho Brasileiro”. A atividade, conduzida pelo professor de Sociologia Gledson Cardoso dos Santos, propôs uma simulação de julgamento inspirada em situações reais do cotidiano que envolvem a conhecida prática cultural de “dar um jeitinho”.
Os alunos foram divididos em grupos que representaram papéis típicos do sistema judiciário: juiz, promotor, advogado de defesa, réu, testemunhas e jurados, e analisaram casos em que o “jeitinho” gera conflitos éticos e jurídicos. A situação principal julgada foi o ato de “furar a fila” em um hospital público, levantando discussões sobre desigualdade, privilégio, responsabilidade coletiva e respeito às regras sociais.
Ao se prepararem para o tribunal simulado, os estudantes estudaram conceitos sociológicos, analisaram legislações, elaboraram argumentos e planejaram estratégias discursivas. A atividade utilizou roteiros, fichas de argumentação, textos de apoio e organização do espaço físico em formato de tribunal, o que conferiu maior realismo à dinâmica.
O projeto promoveu o desenvolvimento de competências como argumentação, pensamento crítico, cooperação e análise social. Ao debaterem situações que fazem parte da rotina brasileira, os estudantes ampliaram a compreensão sobre os impactos do comportamento individual no coletivo e compreenderam como práticas aparentemente simples podem reproduzir desigualdades e influenciar o sistema jurídico.
“A ideia principal dessa atividade foi proporcionar aos estudantes um espaço para refletirem criticamente sobre um fenômeno cultural muito presente na nossa sociedade, que envolve questões éticas, sociais e legais. O júri simulado permite que eles vivenciem o processo jurídico e compreendam as diferentes perspectivas sobre o tema, promovendo uma aprendizagem mais ativa e significativa”, disse o professor Gledson Cardoso dos Santos.
Os alunos avaliaram positivamente a experiência e destacaram como a metodologia ativa contribuiu para a aprendizagem. “O professor simulou um tribunal onde ele era o juiz e os demais alunos acusadores, defensores, júri e testemunhas. Eu super amei a dinâmica do professor. Tenho TDAH/DI, então tenho dificuldade de aprender. Mas com essa dinâmica, me permitiu aprender o que demoraria meses para aprender!”, disse a estudante Victória Casimiro de Almeida.
O estudante Estevão Pires Galvão também ressaltou os efeitos da atividade: “O que eu mais gostei foi ver meus colegas cooperando com o professor e os outros alunos em prol de um ambiente de aprendizado rico e acolhedor.”
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