Estudantes exploram a origem africana da Matemática em palestra sobre o sistema numérico egípcio
Os estudantes da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Geraldo Costa Alves, localizada em Vila Velha, participaram, no dia 10 de outubro, de uma palestra formativa sobre o sistema numérico egípcio, conduzida pela professora Yolanda Pinto, doutora em Educação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes). A atividade teve como foco resgatar os saberes matemáticos africanos e reconhecer o Egito Antigo como um dos berços da ciência e da matemática.
Durante a formação, os alunos conheceram o sistema de numeração egípcio, suas diferenças em relação ao sistema posicional atual e o contexto histórico que levou os egípcios ao desenvolvimento de conceitos como frações, medidas e o cúbito. A abordagem destacou a relação entre a matemática e as necessidades econômicas e culturais da civilização egípcia, demonstrando como esse conhecimento foi essencial antes mesmo do florescimento da matemática no Ocidente.
O objetivo da prática foi valorizar os conhecimentos matemáticos africanos e criar representações negras positivas no campo científico, em consonância com o projeto pedagógico da rede estadual Conexões Matemáticas e com a Educação para as Relações Étnico-Raciais (ERER).
O professor de História Onildo de Souza Moraes, responsável pela ação, apresentou aos estudantes protótipos e imagens históricas, como o Osso de Ishango (República Democrática do Congo, cerca de 20 mil anos atrás), o Osso de Lebombo (África do Sul) e o Papiro de Ahmes (Egito, 1650 a.C.), que contêm ensinamentos de aritmética, álgebra e geometria. Segundo o professor, essas descobertas comprovam a origem ancestral da Matemática no continente africano.
Ao final, os alunos participaram de um quiz interativo sobre os conteúdos abordados, relacionando os elementos da matemática egípcia com o ensino contemporâneo, conforme orienta a BNCC. A prática envolveu as disciplinas de História e Matemática, promovendo uma aprendizagem contextualizada, interdisciplinar e culturalmente significativa.
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