Atividade integrou leitura literária, estudo da cultura afro-brasileira e vivência em ambiente natural, fortalecendo o respeito, a empatia e o protagonismo estudantil.

A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Presidente Lüebke, localizada no município de Vargem Alta, realizou, na última semana, uma trilha ecológica e cultural com os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental, como parte de uma proposta pedagógica voltada à valorização da cultura afro-brasileira e ao fortalecimento de aprendizagens interdisciplinares.

A atividade teve como ponto de partida a leitura da obra literária “O segredo de Monte Alegre”. A leitura foi acompanhada por conversas e uma tertúlia dialógica, que aproximaram os alunos da temática da cultura quilombola e das manifestações culturais de matriz africana. Como culminância, os estudantes participaram de uma trilha e de um passeio histórico pela comunidade quilombola de Monte Alegre, com passagem pela FLONA — reserva ambiental localizada no interior de Pacotuba, próxima à comunidade.

O objetivo da ação foi proporcionar aos estudantes uma vivência significativa que extrapolasse os limites da sala de aula, ampliando a compreensão sobre a importância da cultura afro-brasileira na formação da identidade nacional. A saída pedagógica também teve como foco o incentivo ao protagonismo juvenil, à consciência cidadã e ao respeito à diversidade.

“O diferencial da ação foi aproximar os estudantes de uma cultura que já está presente no território em que vivem. Trazer esse olhar de valorização da comunidade quilombola, que muitas vezes é invisibilizada no espaço escolar, foi fundamental para a construção de uma postura mais crítica e respeitosa”, explicou o professor de Língua Portuguesa Ronald Onhas, responsável pela atividade.

Durante a trilha, os alunos conheceram aspectos da vegetação local, interagiram com o território quilombola e aprofundaram suas reflexões sobre história, identidade e memória. “Foi um passeio maravilhoso. Compartilhei momentos bons com os amigos, me conectei com a natureza e aprendi muito sobre culturas diferentes. Isso me ajudou no meu crescimento pessoal e no meu modo de ver o mundo”, contou o estudante Gusthavo Marin.

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