24/11/2025 10h58 - Atualizado em 24/11/2025 10h59

Escola Dr. Silva Mello fortalece educação antirracista com a criação da Banda ‘Tambores do Sol’

A Escola Estadual de Ensino Médio (EEEM) Doutor Silva Mello, localizada em Guarapari, está desenvolvendo o projeto Banda Escolar Tambores do Sol, uma iniciativa que integra música, cultura e educação antirracista. A ação nasce como parte do compromisso da unidade com a implementação da Lei 10.639/03, que estabelece o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira no currículo escolar, e da Lei 11.645/08, que amplia a obrigatoriedade para a temática indígena.

A proposta consiste na formação de uma banda percussiva com estudantes do Ensino Médio, utilizando instrumentos de origem africana – como atabaques, bumbos, caixas de congo, casacas, alfaias e pandeirões – para vivenciar ritmos, tradições e práticas culturais que compõem a identidade capixaba e brasileira. O projeto também valoriza artesãos, mestres da cultura popular e saberes tradicionais presentes nas manifestações musicais do Espírito Santo.

Antes mesmo da formação oficial da banda, a escola já havia promovido rodas de conversa, palestras com professores afrodescendentes, apresentações de congo e capoeira e outras ações formativas voltadas ao enfrentamento do racismo e ao fortalecimento do pertencimento étnico-racial.

As oficinas da Banda Tambores do Sol tiveram início em setembro, por meio da Eletiva Ritmos Ancestrais, com encontros conduzidos pelo Mestre Domingos, pelo professor José Abílio Perez Junior e pela professora Maurizete Pimentel Loureiro Duarte, autora e coordenadora do projeto. Nessas atividades, os estudantes vivenciam aulas práticas e teóricas sobre ritmos, cultura, história e instrumentos de matriz africana.

“Trabalhar com os tambores é resgatar histórias e saberes muitas vezes silenciados. A música se torna uma ferramenta de educação, identidade e resistência, capaz de fortalecer o orgulho cultural dos estudantes e promover respeito à diversidade”, disse a professora Maurizete Pimentel Loureiro Duarte.

Para a diretora Vanilda Loureiro e a coordenadora pedagógica Letícia Regina, responsáveis pela condução institucional do projeto, a iniciativa reforça a missão da escola em ser um espaço de inclusão, diálogo e valorização das diferenças.

Estudantes que antes não tinham contato com instrumentos percussivos ou manifestações culturais afro-brasileiras passaram a se envolver nas atividades, ampliando a convivência, o respeito e o interesse pelo aprendizado. A frequência nas aulas da eletiva também aumentou, e a escola observa maior integração entre jovens de diferentes perfis, religiosidades e repertórios culturais. Para a estudante Thalita Mara Gomes, da 3ª série do Ensino Médio, a experiência tem sido transformadora: “Eu não sabia que o congo era tão importante para nós capixabas. Quando saímos com a casaca e o tambor, as pessoas ficam curiosas. É muito importante conhecer nossa cultura e saber de onde a gente veio.”

Com caráter contínuo, o projeto seguirá em desenvolvimento ao longo de 2026, com o objetivo de consolidar a Banda Tambores do Sol como um grupo musical da escola e ampliar ações educativas de enfrentamento ao racismo e promoção da identidade afro-brasileira no ambiente escolar.

 

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