13/06/2024 11h11 - Atualizado em 13/06/2024 11h12

Mais de 1.700 estudantes privados de liberdade participam da Olimpíada Brasileira de Matemática (OBMEP)

Escolas inseridas nas unidades prisionais do Estado desenvolveram aulas intensivas de Matemática para a realização da prova.

Internos do sistema prisional capixaba participam da 19ª Olimpíada Brasileira de Matemática (OBMEP), que ocorre em 19 unidades prisionais do Estado. Ao todo, 1.734 detentos participaram das provas aplicadas no dia 04 de junho.  A olimpíada acontece em duas fases, sendo a segunda prevista para o dia 19 de outubro. O resultado dos classificados para a 2ª fase será divulgado no dia 02 de agosto.

No sistema prisional, os alunos internos foram submetidos a uma prova com 20 questões de múltipla escolha, preparada em três níveis, de acordo com o grau de escolaridade do aluno. Eles tiveram o tempo de duas horas e 30 minutos para finalizar o exame. O corpo pedagógico e professores das escolas inseridas nas unidades prisionais desenvolveram aulas intensivas de Matemática para a realização da prova.

Mais de 18,5 milhões de alunos de escolas públicas de todo o País participaram da 1ª fase da 19ª OBMEP, incluindo alunos em privação de liberdade. A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas é um projeto nacional dirigido às escolas públicas e privadas brasileiras, realizado pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), com o apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), e promovida com recursos do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Leonardo Henrique Monteiro, custodiado na Penitenciária Estadual de Vila Velha 3 (PEVV3), está na 8ª etapa da Educação de Jovens e Adultos (EJA) na Escola Cora Coralina. Ele participa da Olimpíada Brasileira de Matemática pelo segundo ano consecutivo. Em 2023, ele recebeu certificado de menção honrosa como premiação nacional na competição que reuniu mais de 17 milhões de alunos da rede pública de todo o País.

“Sempre gostei muito de Matemática, mas dentro do sistema prisional fui me capacitando cada vez mais com a ajuda dos professores. Fico muito feliz de saber que ganhei uma premiação nacional por participar da olimpíada. Para o futuro, penso em aperfeiçoar ainda mais meus estudos, entrar na faculdade e concluir o curso de engenharia. É uma profissão que usa muito a matemática. Essa premiação é um estímulo para me dedicar mais aos estudos e correr atrás do meu futuro, tanto aqui quanto fora do presídio”, disse Monteiro.

A EJA é ofertada pela Secretaria da Justiça (Sejus) e a Secretaria da Educação (Sedu), em 33 penitenciárias do Espírito Santo, com cerca de 3.600 vagas destinadas à população carcerária.

"A participação de estudantes privados de liberdade na OBMEP representa o compromisso da Sejus e da Sedu na busca da qualidade da oferta da Educação de Jovens e Adultos nas prisões. É também um estímulo ao estudo da Matemática e um incentivo ao ingresso do aluno nas universidades. A olimpíada é uma ação que busca a inclusão social por meio do conhecimento”, disse a subgerente de Educação nas prisões da Secretaria da Justiça, Silvia Moreira.

Olimpíada Brasileira de Matemática – OBMEP

Criada em 2005 para estimular o estudo da matemática e identificar talentos na área, a OBMEP tem como objetivos principais estimular e promover o estudo da matemática; contribuir para a melhoria da qualidade da educação básica; identificar jovens talentos; e incentivar seu ingresso em universidades, nas áreas científicas e tecnológicas, além de incentivar o aperfeiçoamento dos professores das escolas públicas.

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