07/08/2025 11h58

Projeto da Escola Terra Vermelha une literatura, arte e direitos humanos no combate à violência contra mulher

Iniciativa promove letramento crítico, empatia e protagonismo juvenil por meio da integração entre literatura, arte e educação em direitos humanos.

A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Terra Vermelha, localizada em Vila Velha, desenvolveu um projeto pedagógico inovador que ultrapassa os limites do ensino tradicional. Com uma abordagem interdisciplinar, a iniciativa promove a integração entre literatura, arte e direitos humanos, tendo como foco central a temática da violência contra a mulher.

A proposta teve como ponto de partida a leitura e a análise de poemas do livro “Corpo de Lua e Coração de Sol, das escritoras capixabas Fabiola Sampaio e Ione Duarte. A partir dessas leituras, os estudantes foram convidados a produzir textos criativos que expressassem suas reflexões sobre a realidade social em que vivem. A atividade buscou não apenas desenvolver competências linguísticas e cognitivas, mas também valores éticos, estéticos e sociais essenciais à formação cidadã.

Segundo a diretora da escola, Rosemeire Souza, a literatura é uma ferramenta poderosa para dar voz às experiências e resistências das mulheres. “Ao estimular a empatia e o pensamento crítico, a literatura também promove o debate sobre temas urgentes, como a violência de gênero”, ressaltou.

Como parte do projeto, os estudantes visitaram a exposição “Gritos Murmurantes”, da artista plástica Zezé Correa, e participaram da inauguração da sala de acolhimento “Silvia Valeriano Silva” — um espaço voltado ao apoio de mulheres em situação de vulnerabilidade. Essas ações culturais fortaleceram o vínculo entre a escola e a comunidade, além de ampliar a compreensão dos jovens sobre os mecanismos de enfrentamento da violência.

A experiência pedagógica se destaca pela relevância social e pelo compromisso com a formação crítica dos estudantes, unindo o letramento literário à educação em direitos humanos. O projeto também reforça o protagonismo juvenil na construção de uma sociedade mais justa, empática e consciente de suas responsabilidades coletivas.

 

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