Escola da Serra celebra Dia de Conscientização do Autismo
A unidade conta com cinco alunos autistas e prática inclusiva já faz parte da rotina na unidade escolar.
Com o tema “Inclusão Não se Compra”, a Escola Marinete de Souza Lira, localizada no município da Serra, celebrou o “Dia de Conscientização do Autismo”, nesta terça-feira (02). Os alunos participaram de atividades relacionadas ao Dia, como a exibição de filmes, roda de conversa e mostra de fotografias. A prática inclusiva já faz parte da rotina na unidade escolar.
A diretora da escola, Graziely Ameixa, que tem um filho autista, destaca que na escola os alunos são inseridos em atividades pedagógicas adaptadas para eles. “Costumo dizer que, para nós, pais e educadores de autistas, a conscientização deve acontecer sempre que nos oportunizam falar sobre isso, pois o autismo ainda é desconhecido por muitos. Aqui, o aluno com autismo não fica à toa, não fica abandonado, aqui as atividades são adaptadas de acordo com a necessidade dele em todas as disciplinas, são amados e cuidados pela equipe e pelos colegas”, contou.
A Escola Marinete atende a 25 alunos com deficiência, sendo cinco autistas. Uma das ações realizadas na unidade de ensino para envolver a todos os alunos foi confeccionar uma bolsa com a palavra ‘inclusão’ estampada nela, o que tem chamado atenção. “O objetivo foi mostrar que inclusão não se compra, se conscientiza para que o respeito seja uma prática natural no dia a dia em nossa escola”, disse a diretora.
Saiba mais
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) engloba diferentes síndromes marcadas por perturbações do desenvolvimento neurológico com três características fundamentais, que podem manifestar-se em conjunto ou isoladamente. São elas: dificuldade de comunicação por deficiência no domínio da linguagem e no uso da imaginação para lidar com jogos simbólicos, dificuldade de socialização e padrão de comportamento restritivo e repetitivo.
Também chamado de Desordens do Espectro Autista (DEA), ele também recebe o nome de espectro, porque envolve situações e apresentações muito diferentes umas das outras. Todas, porém, em menor ou maior grau estão relacionadas com as dificuldades de comunicação e relacionamento social.
“A Síndrome do Espectro Autista é chamada assim, pois espectro nos remete, em física, a características distintas em cada ponto do feixe de luz, ou seja, nenhum autista é igual, alguns usam a fala funcionalmente, outros sequer falam, alguns leem, escrevem, alcançam resultados esperados na escola, outros não. Todavia, nenhuma dificuldade que nossos autistas têm deve ser impedimento ao nosso trabalho na escola”, afirmou a diretora.
Educação Especial na Rede Estadual
Dentro das ações da Educação Especial na Rede Estadual, os alunos autistas são assistidos por meio das atividades das Salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE), cujo objetivo é ampliar o trabalho desenvolvido com esses alunos em um ambiente mais completo e com ferramentas adequadas para atendimentos específicos. O foco é a aprendizagem e o acesso ao currículo.
As ações são acompanhadas por um professor de AEE e feitas, tanto durante as aulas regulares, de forma colaborativa, quanto no contraturno de aula. Nas escolas da Rede, os alunos especiais também contam com cuidador, quando necessário, para auxílio na alimentação, higienização e locomoção.
Texto: Soraia Camata
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