06/03/2024 08h49 - Atualizado em 06/03/2024 08h50

MULHERES NA EDUCAÇÃO: por um ensino inclusivo e de qualidade

A professora e intérprete de libras Joyce Barbosa trabalha há mais de 20 anos para garantir uma educação pública inclusiva e de qualidade.

 

A história da professora Joyce Barcelos Barbosa encantou todo o Brasil ainda durante a pandemia da Covid-19. A educadora chamou atenção ao percorrer, aproximadamente, 70 quilômetros para lecionar para um adolescente surdo que não tinha fácil acesso à escola. Mas a caminhada dela não começou naquele momento.

A paixão pela Língua Brasileira de Sinais (Libras) teve início aos 12 anos de idade, ao ter o primeiro contato com um grupo de surdos na igreja, com o qual ela logo fez amizade. “Meus amigos da igreja passaram a ser os surdos. Entrei no meio deles e queria me comunicar, aprender, interagir com aquela comunidade. Passei a frequentar os mesmos lugares que eles, assistir jogos, retiro de igreja, bate-papo pós-culto, pracinha etc. Eles começaram a fazer parte da minha vida”, conta Joyce Barbosa. 

Hoje, aos 38 anos, a intérprete de libras faz parte da equipe do Núcleo Estadual de Apoio Pedagógico à Inclusão Escolar (Neapie), da Superintendência Regional de Educação de Linhares, e atua no apoio pedagógico, reforçando a importância de uma educação inclusiva e de qualidade. Para a professora, a oportunidade de compreender as aulas, de participar das atividades em grupo e de até mesmo interagir com os demais proporciona aos alunos com deficiência auditiva mais autoestima, confiança e um melhor desempenho acadêmico.

“A presença do intérprete de Libras traz um impacto significativo na qualidade da educação dos surdos, pois possibilita o acesso às diversas informações dentro do ambiente escolar, reduzindo assim as barreiras de comunicação e promovendo um ambiente mais colaborativo e inclusivo”, defende a educadora. 

Para Joyce Barbosa, a educação inclusiva tem avançado muito nos últimos anos, ao valorizar a diversidade e o respeito às individualidades de cada estudante, reconhecendo suas diversas habilidades, talentos, perspectivas e garantindo que todos tenham as mesmas oportunidades de aprendizado, desenvolvimento e acesso à educação. 

“Essa é uma profissão desafiadora, porém gratificante e repleta de significados, aprendizados e experiências. Você, mulher, que deseja ingressar nessa carreira será voz daqueles que muitas vezes são silenciados por falta de compreensão. Essa profissão promove uma comunicação inclusiva e constrói pontes entre as pessoas. Estude, se atualize e não assuma essa profissão sem amor pelo que faz e sem conhecimento, os surdos merecem uma educação de qualidade”, aconselha a professora. 

 

Texto: Isadora Wandenkolk

 

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