A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Marinete de Souza Lira, localizada no município da Serra, desenvolveu, ao longo do segundo trimestre de 2025, o projeto “Escrita Criativa – Palavra em Ação”, voltado às turmas do ensino integral do 6º ano do Ensino Fundamental. A iniciativa teve como objetivo promover o desenvolvimento da leitura e da produção textual por meio de práticas pedagógicas criativas e autorais.

A proposta pedagógica utilizou o gênero textual fanfic como eixo central das atividades, articulando conhecimentos literários, linguísticos e gramaticais à produção criativa. Fundamentado em metodologias ativas, o projeto valorizou a aprendizagem colaborativa e o protagonismo estudantil, conduzindo os alunos por etapas que envolveram apresentação do gênero, leitura crítica, aplicação gramatical contextualizada, planejamento narrativo e produção autoral com reescrita dos textos.

Durante o desenvolvimento do projeto, foram realizadas rodas de conversa, leituras compartilhadas, análises textuais e produções coletivas, estimulando a oralidade, a escuta ativa e a construção coletiva de sentidos. Os estudantes organizaram enredos, criaram personagens, planejaram ambientações e produziram narrativas ficcionais próprias, integrando criatividade e domínio progressivo da norma padrão da Língua Portuguesa.

Os resultados mostraram avanços no desenvolvimento linguístico e criativo dos alunos, com ampliação do vocabulário, melhoria na organização das ideias, maior domínio de tempos verbais, concordância e conectivos, além do fortalecimento da coesão e da coerência textual. A metodologia colaborativa contribuiu para o engajamento dos estudantes, especialmente daqueles que apresentavam resistência à escrita, que passaram a participar ativamente das atividades propostas.

Outro aspecto relevante do projeto foi o uso pedagógico da tecnologia, por meio dos Chromebooks, que possibilitou a produção, revisão e compartilhamento dos textos em ambiente digital. A experiência promoveu inclusão digital, ampliou competências tecnológicas e favoreceu a democratização do acesso às ferramentas educacionais, especialmente para estudantes que não dispõem de recursos tecnológicos em casa.

De acordo com o professor de Língua Portuguesa Gabriel Vieira, responsável pela iniciativa, o projeto contribuiu para transformar a sala de aula em um espaço de autoria e colaboração. “Como professor, aprendi que é fundamental partir dos interesses dos estudantes e oferecer espaços para que eles sejam protagonistas de seu aprendizado. O projeto reforçou minha convicção de que a escrita criativa, aliada ao uso pedagógico da tecnologia, é uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento integral da Língua Portuguesa e para a promoção da equidade educacional."

“Eu sempre gostei de ler, mas tinha dificuldade para escrever textos grandes. Com o projeto, aprendi que escrever pode ser divertido quando a gente escreve sobre coisas que gosta. Fiz uma fanfic sobre um livro de contos de fadas que eu amo, mas mudei a história para deixar do meu jeito”, disse a estudante Ana Beatriz Mauricio da Silva, do 6º ano do Ensino Fundamental.

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