Através de relatos, recortes de jornais e dados públicos, os estudantes conheceram mais sobre a própria cidade.

Em comemoração aos 61 anos de emancipação política da cidade de Jerônimo Monteiro e com intuito de ampliar o interesse dos estudantes a respeito da história local, a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Jerônimo Monteiro, localizada no município de mesmo nome, desenvolveu, ao longo deste ano letivo, o projeto “Loucos por Jerônimo”. A iniciativa partiu da professora Andreia Cristina Giri, visando fomentar a pesquisa a respeito da cidade e teve como encerramento uma grande exposição nos corredores da escola durante a primeira semana do mês de dezembro.

No decorrer do ano, os estudantes participaram de rodas de conversa com antigos moradores da cidade, realizaram buscas em sites como da prefeitura municipal e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e produziram acervo por meio de jornais antigos e do Arquivo Público municipal. Divididos em grupos, os estudantes deveriam produzir três linhas do tempo: política, imagética e da população. Deste modo, ao final da pesquisa, 76 quadros com imagens, inúmeros recortes de jornais, além de uma sala de contos e uma de vídeos, foram expostos para toda a comunidade.

A diretora da escola, Luiza Santos, destacou o fato dos estudantes terem entrado em contato com um antigo morador que hoje reside fora do Brasil e se declara “apaixonado por Jerônimo”. “Criamos um grupo de WhatsApp onde ele, Jomar Frederici, nos enviava fotos e contava suas histórias hilárias sobre tudo por aqui. Pudemos, através dos relatos, entender o quanto a cidade mudou de lá para cá”, contou.

Ainda segundo a diretora, o desenvolvimento deste projeto atingiu tamanha proporção que após uma moção de aplausos na câmara municipal, foi encaminhado aos vereadores a solicitação para a criação da “Semana Loucos por Jerônimo” através de lei municipal em homenagem ao dia do município. “Com ações como esta é possível trabalhar o protagonismo estudantil, uma vez que cada etapa de decisão era produzida após diálogo entre todos os envolvidos”, disse.

Texto: Cícero Giuri

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