26/04/2024 15h02

Escolas da Rede Pública Estadual de Ensino realizam atividades no mês da conscientização indígena

Ações buscaram o fortalecimento de uma educação com equidade, considerando as questões e diversidades étnico-raciais.

As escolas da Rede Pública Estadual de Ensino do Espírito Santo realizaram, durante o mês de abril, diversas atividades de conscientização indígena, em alusão ao Dia dos Povos Indígenas, que ocorreu no último dia 19. O intuito das ações foi o fortalecimento de uma educação com equidade, considerando as questões e diversidades étnico-raciais.

Seminário “Tecendo conexões: raízes ancestrais indígenas”

O Centro Estadual de Ensino Fundamental e Médio em Tempo Integral (CEEFMTI) Conde de Linhares, localizado em Colatina, realizou o Seminário “Tecendo conexões: raízes ancestrais indígenas”, com o objetivo de identificar as diversas formas de violência contra os povos e nações indígenas, suas causas, significados e usos políticos, sociais e culturais, avaliando e propondo mecanismos para combatê-las, com base em argumentos éticos.

Participaram da ação as turmas dos 8º e 9º anos do Ensino Fundamental e os alunos do Ensino Médio e Médio Integrado aos cursos de Publicidade e de Gerência em Saúde. Em sala de aula, os estudantes desenvolveram pesquisas sobre os saberes e conhecimentos de diferentes comunidades, povos e sociedades indígenas, que formaram o conteúdo do seminário.

Pensamento indígena em foco

Com o intuito de incentivar a reflexão sobre a importância da preservação das tradições e do respeito à diversidade cultural indígena, a equipe docente da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Nelson Mandela, localizada em Viana, ministrou, na Penitenciária de Segurança Média II (PSME II), diversas aulas apresentando uma nova perspectiva sobre a temática.

O professor de Geografia Bruno Zamite exibiu vídeos do Espírito Santo, descrevendo o pensamento filosófico do ambientalista Ailton Krenak, contando com uma apresentação audiovisual gravada especificamente para esta escola, pelo professor indígena Jefferson Pereira Marques, pertencente ao povo Tupiniquim de Aracruz. O estudante A.B.P., da 2ª série do Ensino Médio, também identificado como indígena da etnia Tupiniquim, relatou suas experiências pessoais, citando seus ancestrais e o tipo de cultura em que foi inserido, além das dificuldades de seus familiares na época em houve a necessidade de saírem de suas terras, devido à expansão industrial.

“Despertando Consciências: uma jornada pelo Dia da Consciência Indígena”

O projeto “Despertando Consciências: uma jornada pelo Dia da Consciência Indígena”, desenvolvido na EEEFM Professora Célia Teixeira do Carmo, localizada em Alegre, buscou promover a reflexão e a compreensão da história e da cultura dos povos indígenas, por meio de uma abordagem interdisciplinar. O projeto tem como objetivo proporcionar uma compreensão mais profunda da cidadania indígena brasileira e da diversidade cultural, combatendo visões limitadas e etnocêntricas.

“Participar do projeto 'Despertando Consciências' foi incrível. Aprendi sobre a história e a cultura dos povos indígenas, valorizando a diversidade cultural do Brasil. Os professores trouxeram esses temas para todas as disciplinas, tornando o aprendizado mais interessante e significativo. Entendi a importância de respeitar e valorizar nossa identidade cultural”, relatou Gustavo Menezes Miranda, aluno da 2ª série do Ensino Médio.

Conexões Humanas: conhecer para valorizar

A EEEFM José Roberto Christo, localizada em Afonso Cláudio, realizou uma palestra com Márcio Ghil, pesquisador dos povos originários do município. Ele destacou a importância de repensar o nosso vocabulário, apresentando e valorizando as heranças indígenas e se atentando às palavras e expressões de cunho preconceituoso e racista. Além disso, Ghil esclareceu sobre os sistemas tradicionais de cuidados com a saúde, praticados por comunidades indígenas ao redor do mundo, e sua ligação intrínseca com a cultura e espiritualidade, além da relação harmoniosa com a natureza.

“Trabalhar a questão dos povos originários na escola é fazer com que o País conheça a si próprio, oferecendo aos estudantes condições para estar em contato com as tradições, buscando a valorização, promoção e preservação. O conhecimento de Márcio Ghil enriqueceu a nossa discussão cotidiana”, contou o professor de Geografia Marcelo Junior dos Santos Silva.

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