O Centro Estadual de Ensino Fundamental e Médio em Tempo Integral (CEEFMTI) Monsenhor Miguel de Sanctis, localizado em Guaçuí, desenvolveu o projeto “Retratos de Identidade e Memória”, uma ação interdisciplinar que envolveu todos os estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e integrou os componentes de Arte, História e Ciências.

A iniciativa foi conduzida pelas professoras Damiana Lima Caiado (Arte) e Lia Fernandes Nunes (História), em parceria com o professor de Ciências e fotógrafo Fábio Pedroti, e teve como foco o reconhecimento das histórias de vida, das identidades e das ancestralidades dos estudantes.

O trabalho teve início com uma sessão fotográfica e conduzida pelo professor Fábio Pedroti. Diante das lentes, homens e mulheres, jovens e adultos da EJA foram convidados a se enxergar para além das rotinas diárias, permitindo que expressões, gestos, luzes e sombras revelassem aspectos profundos de suas identidades.

Paralelamente, a professora Lia Fernandes Nunes promoveu momentos de diálogo e reflexão sobre identidade, história e racismo.  Na etapa seguinte, foi realizada a exposição dos retratos, apresentados em preto e branco e em cores.

Para a professora Damiana Lima Caiado, a arte cumpriu um papel essencial no projeto. “A arte foi um instrumento de expressão, reconhecimento e autoestima. Cada imagem revelou beleza, força e identidade. A exposição mostrou que a arte dá voz e visibilidade aos nossos alunos”, disse.

A professora Lia Fernandes Nunes destacou o impacto histórico e formativo da ação. “Neste projeto, nossos alunos da EJA foram reconhecidos como sujeitos da História, portadores de memória, identidade e ancestralidade. Cada fotografia revelou trajetórias de pertencimento. Foi um exercício de valorização e consciência histórica”, afirmou.

O estudante Luiz Gustavo Britto Melo Moreira, da 1ª etapa da EJA, também compartilhou sua experiência: “Esse projeto me fez me enxergar de um jeito diferente, com mais respeito e orgulho da minha história. Nunca tinha parado para pensar na minha identidade e no que ela carrega. Me senti valorizado, visto e importante como aluno da EJA.”

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