21/05/2024 12h10

Do interior do Espírito Santo a graduando na FGV no Rio de Janeiro

 

O jovem Luiz Eduardo Bravin saiu de Marilândia, um pequeno município localizado no Noroeste do Estado do Espírito Santo, para a cidade maravilhosa - Rio de Janeiro, carregando consigo sonhos e conquistas que o acompanharam ao longo de sua trajetória escolar do Ensino Básico. O estudante cursou o Ensino Fundamental e o Ensino Médio em escolas da rede pública de ensino. Hoje, com 19 anos, ele é graduando em Ciência de Dados e Inteligência Artificial, na Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.

O jovem estudou todo o Ensino Fundamental na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Padre Antônio Volkers, localizada em Marilândia. Durante esses anos, participou do Programa Matemática na Rede, que oferece aulas/encontros, que contam com atividades que visam oportunizar aos estudantes, a cultura da matemática básica, e aperfeiçoar o rigor da leitura e da escrita de resultados; além de técnicas, métodos e independência do raciocínio analítico, por meio de resolução de problemas, orientados por professores do Programa de Iniciação Científica Júnior (PicJr) em Matemática.

O Matemática na Rede é promovido pela Secretaria da Educação do Espírito Santo (Sedu), em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), e com a Coordenação Regional da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP/ES). O Programa é destinado aos estudantes da Rede Pública Estadual de Ensino.

O jovem contou que, com o suporte do Programa Matemática na Rede, se sentiu preparado para participar da primeira OBMEP, no seu 6º ano do Ensino Fundamental, foi quando ganhou sua primeira medalha, em 2016. Depois disso, Luiz Eduardo não parou mais de colecionar medalhas e Menções Honrosas. Ao todo, o estudante tem 14 medalhas e quatro Menções Honrosas, conquistadas em diversas competições, sendo cinco medalhas e duas Menções Honrosas pela OBMEP. “Devo essas conquistas ao que aprendi nas aulas do Matemática na Rede, e aos professores, que me deram todo o suporte necessário para participar dessa Olimpíada, e de todas as outras competições”, afirmou.

O estudante disse que sempre contou também com o apoio da mãe, Luciene Bona, nos estudos, e que era ela, que sempre o acordava aos sábados, para ir às aulas do Programa. Segundo Luiz Eduardo, a mãe também sempre o incentivou a estudar, cada vez mais, para ser aprovado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes). “Minha mãe queria muito que eu estudasse o Ensino Médio no Ifes, e eu consegui. Os métodos que aprendi por meio das aulas do Matemática na Rede também me deram base para passar na prova do Instituto Federal”, disse.

Segundo Luiz Eduardo, com os conhecimentos que adquiriu durante os anos que participou do Programa Matemática na Rede, o possibilitou a se tornar monitor em Matemática, durante o Ensino Médio no Ifes. “Nas monitorias, eu sempre lembrava da dinâmica de ensino dos meus ex-professores, e como a didática deles era voltada ao raciocínio em resoluções de problemas”, destacou.

Durante o Ensino Médio, o jovem não deixou de participar da OBMEP, e de outras competições, como a Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), Olimpíada Nacional de Ciências (ONC), Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas (OBFEP), Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), e Olimpíada de Matemática dos Institutos Federais (OMIF).

Graduação

Por meio das conquistas de medalhas, Luiz Eduardo Bravin ganhou uma bolsa de 100% de gratuidade para cursar Ciência de Dados e Inteligência Artificial, na Fundação Getúlio Vargas (FGV), na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Além da bolsa, o estudante tem auxílio moradia e auxílio manutenção. A bolsa e os auxílios são oferecidos pelo Centro para o Desenvolvimento da Matemática e Ciências (CDMC) da FGV.

“Eu não imaginava estar onde estou hoje. Foi muito além do que eu planejei. Devo grande parte do que sou hoje, e onde estou, pelo meu esforço, e, claro, pelos aprendizados que obtive nas competições em olimpíadas, sobretudo, a OBMEP”, pontuou o estudante.

Confira todas conquistas de Luiz Eduardo Bravin:

  • 2016 (6° ano EF) – Bronze pela OBMEP;
  • 2017 (7° ano EF) – Prata pela OBMEP;
  • 2018 (8° ano) - Menção Honrosa pela OBMEP;
  • 2019 (9° ano EF) – Prata pela OBMEP, Ouro pela ONC e Prata pela OBFEP;
  • 2020 (1° ano EM) - Menção Honrosa pela ONC e Ouro pela OBA;
  • 2021 (2° ano EM) – Prata pela OBMEP, Ouro pela ONC e Ouro pela OBA;
  • 2022 (3° ano EM) - Menção Honrosa pela OBMEP, Menção Honrosa pela ONC, Ouro pela OBFEP, Ouro pela OBA, e Bronze pela OBR;
  • 2023 (4° ano EM) – Prata pela OBMEP e Bronze pela OMIF.

Encontro do Hotel de Hilbert

Estudantes premiados com medalhas pela OBMEP são selecionados a participarem do Encontro do Hotel de Hilbert (EHH), em virtude do desempenho no Programa de Iniciação Científica (PicJr). Em 2018, os 200 alunos do Brasil que obtiveram melhor desempenho no Programa, foram convidados a participar do Encontro, em Florianópolis, capital de Santa Catarina, durante uma semana. Do Estado do Espírito Santo foram selecionados 13 alunos, sendo um deles, Luiz Eduardo Bravin.

“Na minha segunda participação na OBMEP, em 2018, fui convidado para o 6° Encontro do Hotel de Hilbert. O evento contou com palestras, minicursos, oficinas, e outras atividades para desenvolvimento da Matemática. Foi uma experiência inesquecível, que me apresentou um mundo que eu desconhecia até então. Foi a primeira vez que viajei de avião, e que saí do Espírito Santo. Eu tinha 14 anos na época, minha mãe ficou preocupada, mas sabia que era uma oportunidade única que eu estava tendo”, ressaltou Luiz Eduardo Bravin.

Texto: Soraia Camata Canal

 

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