05/09/2025 11h05

Escola Regina Banhos Paixão promove teatro de sombras inspirado no livro ‘Torto Arado’

Estudantes de Linhares transformaram a leitura da obra de Itamar Vieira Junior em experiência artística e coletiva, unindo literatura, Sociologia e identidade.


A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Professora Regina Banhos Paixão, localizada em Linhares, realizou, no dia 27 de agosto, uma encenação do livro “Torto Arado”, de Itamar Vieira Junior, utilizando a técnica de teatro de sombras. A atividade foi idealizada pela professora Queila Saúde e continuado pelo professor de Sociologia Elbert Iesus Veloso Nery da Silva e a coordenadora de Estratégias de Equidade Racial, Bianca Blandino Florentino.

A proposta começou com a leitura da obra pelos estudantes da 3ª série do Ensino Médio, seguida de rodas de conversa em que relacionaram os personagens e enredos a temas como desigualdade, ancestralidade, território e resistência, dialogando diretamente com os conteúdos de Sociologia. A partir dessas reflexões, nasceu a ideia de transformar a leitura em uma experiência artística.

Durante os encontros de preparação, os alunos planejaram as cenas, recortaram silhuetas, organizaram a iluminação e ensaiaram a narração. Cada estudante participou de acordo com suas habilidades, seja no palco ou nos bastidores. O ponto alto foi a abertura da encenação para todas as turmas da escola, transformando a iniciativa em um momento coletivo.

Para o professor Elbert Iesus Veloso Nery da Silva, o processo foi enriquecedor: “O que mais me marcou foi ver os alunos trazendo suas experiências para o que leem. Eles riram, se emocionaram, se indignaram e, ao mesmo tempo, refletiram sobre racismo, território e luta por direitos. A leitura deixou de ser apenas exercício e virou experiência de vida.”

A coordenadora Bianca Blandino destacou a identificação dos jovens com a obra: “Foi emocionante acompanhar os estudantes se reconhecendo na história de Torto Arado. Eles começaram a fazer conexões com suas próprias famílias e comunidades. O livro abriu espaço para que falassem sobre desigualdade, resistência e ancestralidade de forma natural.”

A estudante Evelyn Nicola Batista, da 3ª série do Ensino Médio, também relatou o impacto da atividade: “Percebi que os personagens vivem desafios parecidos com os nossos, como lutar por espaço e dignidade. Aprendi que a nossa história importa.”

Segundo os organizadores, a experiência mostrou que a literatura pode ultrapassar os limites da sala de aula quando é vivida de forma coletiva.

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