A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Américo Silvares, localizada em São Mateus, foi contemplada no período de setembro a dezembro, com o Projeto Da Cor ao Preconceito, que é um circuito de formação literária afro-brasileira em diálogo com a representação do negro na literatura e na construção positiva de identidades, como uma estratégia de formação de leitores e novos escritores. A inciativa contou com oficinas de Fortalecimento de Identidades, de gêneros textuais (memorial, crônica e poesia), Comunicação Criativa e Sarau Poético.

A coordenadora e idealizadora do projeto, a educadora cultural Quitilane Pinheiro, destacou que o caminho percorrido no projeto foi estabelecido a partir das oficinas integradoras, que viabilizaram debates em sala de aula e uma série de encontros virtuais com os facilitadores, convidados e estudantes, por meio do canal Raízes Produtora. Na ocasião, os estudantes debateram o tema “Vamos Aquilombar!”, com especialistas na área de relações étnico-raciais.

Os alunos apresentaram a importância de tirar pessoas negras da invisibilidade causada pelo racismo e reconhecer expressões preconceituosas presentes no cotidiano escolar e extraescolar. Também de realizar experimentos, produções literárias, manifestações artísticas, para construir aprendizagens múltiplas e significativas entre os eixos de educação digital, uso de novas mídias, repertório cultural, arte, produção literária, identidade e estereótipos. “Convém lembrar que durante as lives foram realizados sorteios de camisas do projeto”, disse Quitilane.

As oficinas foram realizadas de forma articulada com as leituras de obras de escritores negros, como Kiusam de Oliveira, Elisa Lucinda, Lazaro Ramos, Conceição Evaristo, Solano Trindade, entre outros, e também com as produções literárias (memorial, crônicas e poesias) e artística (exposição de fotografias, apresentações musicais e dança contemporânea).

De acordo com a Gestora escolar Suelene Marciel e as pedagogas que acompanharam as etapas do projeto Krisyane Ferreira e Carla Barcelos, o projeto ao longo do seu desenvolvimento contribuiu para promoção à reflexão e o resgate da identidade negra dos nossos estudantes, além de ter propiciado a inserção da História Africana e do ensino antirracista conectadas às disciplinas diversificadas Projeto de Vida, Eletivas e Protagonismo na rotina da nossa escola.

O Projeto Da Cor ao Preconceito está disponível nas redes sociais (plataforma www.kumbukumbu.com.br) e no Instagram (@kumbu.kumbu). Nessas páginas, é possível encontrar conteúdo sobre iniciativas protagonizadas por crianças, adolescentes e jovens, no viés de um ensino de educação antirracista.

Todo o processo desenvolvido contou com o apoio da Fundação Renova, Edital Doce ES, da Secretaria da Cultura (Secult), por meio do Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo (Funcultura), e da produção artística da Raízes Produtora Cultural.

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Assessoria de Comunicação da Sedu
Mirela Marcarini / Geiza Ardiçon/ Soraia Camata