30/07/2025 11h28

Arte urbana transforma muros e fortalece identidade negra em escola de São Mateus

Projeto “Equidade Racial: Arte Urbana como Resgate Identitário” homenageia figuras históricas e promove educação antirracista na EEEM Ceciliano Abel de Almeida

A Escola Estadual de Ensino Médio (EEEM) Ceciliano Abel de Almeida, localizada no centro de São Mateus, vive um momento de transformação cultural e pedagógica com o desenvolvimento do projeto “Equidade Racial: Arte Urbana como Resgate Identitário”. A iniciativa, realizada em parceria com o artista visual Vinícius Graffit, tem como objetivo promover a equidade racial no ambiente escolar por meio da arte, valorizando a identidade negra, a memória ancestral e o pertencimento territorial dos estudantes.

Os muros externos da escola foram grafitados com retratos de personalidades históricas que marcaram a resistência negra no Espírito Santo e no Brasil, como Zacimba Gaba, rainha africana símbolo da luta contra a escravidão; líderes mateenses como Benedito Meia-Légua e Neném Preta; além de outros nomes que representam a luta antirracista. Cada obra foi pensada com intencionalidade pedagógica, conectando arte, história e currículo escolar por meio do Projeto Aquilombar.

A ação vai além da estética: inclui rodas de conversa sobre representatividade, visitas guiadas aos murais com enfoque histórico, atividades interdisciplinares em Arte, História e Literatura e a produção de materiais educativos sobre os homenageados. Também foi criado um Memorial com figuras históricas locais e nacionais, um painel com personalidades vivas que contribuem para a equidade racial e um muro com retratos dos alunos, simbolizando o futuro da comunidade.

“Aqui, no núcleo pulsante de São Mateus, a cidade com a maior população negra do Espírito Santo, a Escola Ceciliano Abel de Almeida ergueu nos seus muros a alma indomável de Zacimba Gaba. Cada traço pulsa com arte, memória, resistência e reflexão, tocando profundamente todos que por ali passam”, destacou o professor Marcos Góes Oliveira, coordenador do projeto.

O impacto foi imediato: a iniciativa gerou orgulho, pertencimento e mobilização entre os estudantes, professores e comunidade local. Famílias e moradores da cidade se emocionaram ao reconhecer suas histórias retratadas nas paredes da escola, como aconteceu na visita de familiares de Neném Preta, que compartilharam relatos sobre sua trajetória.

“Que o legado de Zacimba Gaba inspire gerações e continue vivo nas memórias, nas escolas e nas rodas de conversa. Essa arte é resistência, é identidade, é futuro”, reforçou a diretora Larissa Vitorino de Oliveira Lima Mendes.

Nos próximos meses, a escola realizará uma cerimônia simbólica de lançamento do mural, com apresentações culturais e falas sobre identidade e equidade racial. O projeto deverá se expandir, ocupando outros espaços com narrativas visuais que celebrem a diversidade e fortaleçam o sentimento de pertencimento.

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