Aula de campo conecta estudantes de Marechal Floriano à ancestralidade e à educação antirracista na Ufes
No dia 24 de outubro, estudantes da Eletiva “Raízes e Resistência”, da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Emílio Oscar Hülle, localizada em Marechal Floriano, participaram de uma aula de campo transformadora durante o Seminário NEAB 2025, realizado Pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). O evento reuniu atividades do II Seminário Internacional de Tecnologias Sociais, Inovação e Desenvolvimento Humano, do XVI Seminário Nacional de Educação das Relações Étnico-Raciais Brasileiras e do Fórum dos Saberes de Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana – Povos de Terreiro.
Acompanhados pelas professoras Jéssica Ribeiro Spadeto e Jaquelini Geik, os alunos vivenciaram um dia repleto de descobertas, reflexão e pertencimento. A programação contou com minicursos, rodas de conversa, oficinas temáticas e apresentações culturais, que trataram de temas como afrodiáspora, ancestralidade, inovação social e direitos reparatórios.
No Cine Metrópolis, a turma assistiu a produções que dialogam com a memória e a resistência negra, como “Carolinas”, “Mulheres Negras – Projetos de Mundo” e “Entre Nós, Vive um Rio”. Já na Tenda Cultural, o público foi envolvido pelas contações de histórias do Coletivo de Literatura Negra e pelo ritmo ancestral da Banda de Congo São Benedito, encerrando o dia ao som do Coral da Ufes, em uma celebração à diversidade e à força das tradições afro-brasileiras.
Para a professora Jéssica Ribeiro Spadeto, a vivência ultrapassou os limites da sala de aula: “Foi mais do que uma atividade pedagógica — foi uma vivência transformadora. Nossos alunos se reconheceram nas narrativas e compreenderam que suas histórias e culturas são fontes de saber e potência. Essa experiência mostrou o verdadeiro sentido da educação: formar sujeitos conscientes e conectados com suas raízes.”
O estudante Murilo Carvalho de Assis Santos, integrante do Comitê Antirracista da escola, relatou a importância de participar do evento: “Foi incrível ver tantas pessoas negras falando sobre pesquisa, cultura e história. Me senti representado e orgulhoso. Essa aula de campo me fez entender que resistir também é ocupar espaços e valorizar nossa história.”
Segundo a professora Jaquelini Geik, a ida à Universidade consolidou o propósito da eletiva: “A escola precisa ser esse espaço de escuta e reconhecimento das identidades. Quando vi o brilho nos olhos dos alunos, especialmente os que se sentiram pertencentes, tive certeza de que estamos no caminho certo. É por meio dessas experiências que a educação ganha vida e significado.”
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