Na última quinta-feira (15), a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Professora Célia Teixeira do Carmo, localizada em Alegre, recebeu o projeto Museu Itinerante da Escravidão. O objetivo da atividade foi proporcionar uma experiência de aprendizagem e conscientização sobre as diversas formas de violências impostas às populações negras submetidas à escravização no processo de formação da sociedade brasileira.

Na oportunidade, foram elencados conteúdos e discussões que não apenas cumprem a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Indígena, mas que também resgatam memórias necessárias à compreensão da história do Brasil. O projeto oportunizou o fomento para o posterior trabalho pedagógico de reforço à dignidade humana e de combate ao racismo historicamente construído no Brasil.

O grande diferencial do Museu é a capacidade de oferecer aos estudantes uma experiência de contato direto com fontes históricas, compostas por artefatos, documentos oficiais, como registros de compra e venda de escravizados e cartas de alforria produzidos séculos XVII e XIX. A análise crítica desse acervo ajuda a revelar não apenas práticas de subalternização e violência, mas também de resistência à escravidão.

A reflexão sobre o passado contribuiu com a formação de uma consciência crítica, desafiando os educandos a refletirem sobre as consequências históricas da escravização no Brasil e a importância de construirmos uma sociedade mais justa e igualitária, considerando o combate ao racismo.

“A atividade despertou neles uma empatia e uma consciência crítica profundas. Este projeto demonstrou que o ensino transcende a mera apresentação de fatos, inspirando um compromisso com a justiça social e preparando nossos estudantes para se tornarem agentes de mudança”, afirmou a professora de História Vanusia Azevedo Aguiar de Oliveira.

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