O Centro Estadual de Ensino Fundamental e Médio em Tempo Integral (CEEFMTI) Monsenhor Miguel de Sanctis, localizado no município de Guaçuí, realizou uma viagem pedagógica à cidade histórica de Ouro Preto, em Minas Gerais, como parte do projeto PIPAT: Horizontes da EJA, em ação articulada com o Programa de Educação das Relações Étnico-Raciais (ProERER), da Secretaria da Educação (Sedu). A atividade ocorreu no primeiro final de semana de novembro e proporcionou aos estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) uma experiência formativa que integrou aprendizagem, identidade e valorização cultural.

Inspirado nos princípios do ProERER, o projeto buscou fortalecer uma educação antirracista, humanizadora e comprometida com o reconhecimento das culturas afro-brasileira, africana e indígena. A vivência fora do espaço escolar permitiu aos estudantes compreenderem que o conhecimento é construído de forma integrada e está presente nos contextos históricos, culturais e sociais que compõem o patrimônio brasileiro.

Durante a visita, os alunos tiveram contato com conteúdo de Ciências, Física, Matemática, História, Geografia e Língua Portuguesa, articulados de maneira interdisciplinar. O percurso incluiu a Mina Nova Central, o Museu da Inconfidência, a Igreja de Nossa Senhora do Pilar, a Casa dos Contos e a feira de pedra-sabão.

Os alunos aplicaram conhecimentos de Física e Engenharia ao analisarem as estruturas da mina, compreenderam conceitos matemáticos e econômicos relacionados à história da moeda brasileira e ampliaram a percepção linguística e cultural do período colonial.

A experiência também favoreceu discussões sobre direitos humanos, memória histórica e o papel dos povos negros e indígenas na formação da sociedade brasileira, temas centrais do ProERER. Como desdobramento pedagógico, os estudantes elaboraram apresentações em PowerPoint sobre a viagem, integrando o uso da tecnologia educacional e compartilhando os conhecimentos adquiridos com a comunidade escolar.

“Esta viagem mostrou que aprender é ampliar horizontes, despertar curiosidades e viver experiências que transformam. Para muitos alunos, foi a primeira vez fora do estado. Cada espaço visitado se tornou uma aula viva de história, ciência, cultura e ancestralidade”, disse a professora Maryellen Salgado Monteiro.

“A integração entre o PROERER e o PIPAT fortaleceu ainda mais esse processo, permitindo que os estudantes se reconhecessem como protagonistas da própria trajetória e parte essencial da história do Brasil”, completou a professora.

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