Escola de Guaçuí realiza seminário interdisciplinar sobre cultura africana e educação antirracista
A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Antônio Carneiro Ribeiro, localizada em Guaçuí, promoveu o I Seminário “África Reinventada: Desconstrução do Racismo para um Caminho Possível”, envolvendo as disciplinas de Geografia, História, Sociologia, Química, Matemática, Física e Filosofia. A ação integrou a programação pedagógica da escola voltada à promoção da educação das relações étnico-raciais e ao fortalecimento de práticas educativas baseadas no respeito à diversidade cultural
O seminário teve como objetivo promover a interdisciplinaridade entre os componentes curriculares, estimulando reflexões críticas sobre o racismo, a construção histórica das desigualdades raciais e a importância dos povos de matriz africana na constituição do Brasil, do Espírito Santo e da comunidade local.
A abertura da programação contou com um sarau musical, em que os estudantes apresentaram, em língua francesa, a canção “Africain à Paris”, do artista Tiken Jah Fakoly. A escolha da música possibilitou discussões sobre identidade africana, discriminação racial, imigração e resistência cultural, reforçando o orgulho das origens africanas mesmo diante de contextos de exclusão social.
Na sequência, foi realizada uma palestra com o professor Damião Amiti Fagundes, que abordou aspectos históricos da luta, da resistência e da presença dos povos africanos e afro-brasileiros no Espírito Santo e no Brasil. A professora de História Ivanete Pires complementou a discussão com reflexões sobre as tradições culturais afro-brasileiras da região do Sul do Caparaó, especialmente no município de Guaçuí.
A programação incluiu ainda o desenvolvimento de projetos coletivos com os estudantes, favorecendo debates dialógicos sobre ações afirmativas, preservação de tradições culturais e valorização de práticas historicamente invisibilizadas. No segundo dia, foi realizada a exibição de um filme com temática africana e afro-brasileira, seguida de momentos de reflexão orientada. O encerramento do seminário contou com apresentações teatrais e desfiles de valorização da beleza negra, reforçando a expressão artística e cultural dos estudantes.
“Este seminário nos levou a refletir sobre o que significa, na prática, reconhecer a cultura afro-brasileira como patrimônio nacional em uma sociedade marcada por desigualdades e diferentes formas de racismo”, disse a estudante Thaike Vitória Rodrigues da Silva, da 2ª série do Ensino Médio.
Já a aluna Beatriz Nolasco da Silva Almeida, do 2º ano Técnico em Análises Clínicas, destacou a importância das discussões para compreender como as culturas africanas foram historicamente reprimidas durante o processo de colonização do Brasil.
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