A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Wallace Castello Dutra, localizada em São Mateus, realizou um trabalho interdisciplinar com as turmas da 3ª série do Ensino Médio, abordando o tema “Armas Químicas e Biológicas dos Séculos XX e XXI”. A iniciativa articulou diferentes áreas do conhecimento para promover uma compreensão ampla e crítica sobre os impactos sociais, históricos, ambientais e científicos relacionados ao uso dessas armas ao longo da história recente.

De acordo com a professora de História Milka Loureiro Jacobsen, responsável pela organização do projeto, a atividade foi planejada para fortalecer o protagonismo estudantil e estimular a pesquisa qualificada. “O trabalho foi planejado para incentivar o protagonismo dos estudantes e desafiá-los a pesquisar de forma séria e fundamentada. Tornou-se evidente que os alunos compreenderam que discutir armas químicas e biológicas vai além das explicações técnicas: exige reflexão sobre escolhas humanas, impactos ambientais, responsabilidades éticas e os efeitos sociais e políticos dessas tecnologias”, destacou.

A proposta integrou estudos de História, Geografia, Biologia, Sociologia, Química e Física. As discussões envolveram desde a evolução histórica das armas químicas e biológicas até sua utilização em conflitos armados, seus impactos geopolíticos, consequências humanitárias e riscos associados às tecnologias contemporâneas. No campo científico, foram explorados agentes químicos e biológicos, modos de ação, toxicidade, mecanismos de transmissão e efeitos sobre os ecossistemas. As áreas de humanas contribuíram com debates sobre ética, desigualdade internacional, violações de direitos humanos e repercussões sociais para populações afetadas. Já a Física colaborou na compreensão da dispersão e propagação dessas armas no ambiente.

Os estudantes demonstraram domínio teórico, organização e capacidade de articular conhecimentos de diferentes áreas, produzindo análises que dialogaram com temas atuais, como biotecnologia, segurança internacional, pandemias e limites éticos da ciência. As apresentações foram avaliadas por uma banca composta pelos professores envolvidos, que destacaram a qualidade dos trabalhos e a maturidade das discussões.

Para a estudante Adrya de Jesus, da 3ª série do Ensino Médio, a experiência contribuiu diretamente para sua formação acadêmica e pessoal. “Foi uma experiência incrível e também desafiadora, pois contribuiu para a preparação para a vida acadêmica, especialmente pela presença de uma banca avaliadora. O trabalho permitiu aprimorar a pesquisa, a apresentação em público e o diálogo entre diferentes áreas do conhecimento”, afirmou.

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