29/06/2022 17h00 - Atualizado em 29/06/2022 14h41

Sedu e Instituto Unibanco promovem seminário voltado para equidade racial

Evento acontece nesta quarta-feira (29), no Centro de Convenções de Vitória.
 
O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Educação (Sedu), e o Instituto Unibanco promovem, nesta quarta-feira (29), o seminário “Gestão Escolar para Equidade: compromisso com a implementação de Políticas Educacionais Antirracistas”, no Centro de Convenções de Vitória. O objetivo é ampliar o conhecimento sobre os marcos legais da educação nas relações étnico-raciais e discutir o papel e compromisso da gestão na implementação de políticas educacionais antirracistas.

O público-alvo do evento é formado por diretores das escolas estaduais, superintendentes regionais de educação, assessores pedagógicos, supervisores escolares e servidores da Sedu Central. Participaram da abertura do encontro, o governador do Estado, Renato Casagrande; a vice-governadora Jacqueline Moraes; o secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo; e a gerente de implementação de projetos do Instituto Unibanco, Maria Julia Azevedo.

Em sua fala, o governador destacou a importância dos gestores estarem preparados para tratar do tema. “Inauguramos ontem [terça-feira] mais dois Centros de Referência das Juventudes em Vitória, um local que a gente procura irradiar as oportunidades. Estamos preparando todas nossas escolas para serem CRJs. Queremos que todas as nossas escolas estejam preparadas para serem ambientes que vão além do ensino e que preparem os jovens para a vida, pois não podemos ter um mundo com discriminação e intolerância”, afirmou.

Casagrande prosseguiu: “Temos que aprender e eventualmente nos corrigir para que possamos viver em um mundo com respeito às escolhas das pessoas e dignidade para todos, independentemente da cor da pele. Se tivermos continuidade das políticas públicas que estamos implementando em nossas escolas, todas elas estarão aptas para construir cidadãos cada vez mais preparados para enfrentar as desigualdades do mundo. Nunca vivenciamos um ambiente tão bom e produtivo na educação do nosso Estado como estamos vivendo agora.”

“O tema do nosso seminário é extremamente importante para que as pessoas saibam que são vítimas, para que as pessoas se solidarizem com quem é vítima de discriminação, e para que a gente possa, a partir daí, discutir direitos, porque não existem direitos de pessoas que se quer assumem que são vítimas de preconceito, mas porque talvez não compreendem a sua própria condição. Além disso, não dá para falar de diretos em um campo que ainda é anterior, que é o campo do reconhecimento. Então, para que a gente fale de direitos, reconhecimento, empatia, solidariedade e discuta esse tema com a importância, abrangência e a profundidade que ele merece, nós precisamos dar a oportunidade de as pessoas terem a condição de refletir a esse respeito”, pontuou o secretário da Educação, Vitor de Angelo.

No contexto educacional, o secretário da Educação ressaltou a importância de o tema ser discutido no ambiente escolar e deixou uma mensagem. “A escola é, sem dúvida nenhuma, um espaço estratégico e privilegiado para essa discussão, não só porque é um lugar onde a gente passa a maior parte do tempo da nossa vida, mas também porque ali é onde esses assuntos são discutidos com maior propriedade e criticidade. A mensagem que quero passar é que para a gente começar a fazer uma discussão a esse respeito um bom ponto de partida é desnaturalizar a descriminalização racial”, acrescentou Vitor de Angelo.

Para promover a discussão sobre a promoção da equidade racial na perspectiva da gestão, o encontro conta com três painéis: o primeiro, voltado para o percurso de 19 anos da Lei nº 10.639/03, com a participação do professor Gustavo Henrique Araújo Forde, do Centro de Educação da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Ele vai falar para os gestores sobre a possibilidade de reflexão sobre a importância desse marco legal para a história da educação.

Já o segundo painel vai abordar as experiências das escolas e regionais de ensino na construção de uma instituição escolar antirracista, com a participação da assessora pedagógica da Superintendência Regional de Educação (SRE) de São Mateus, Neiva Rodrigues; a articuladora de Gestão da Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação (CREDE 3), de Acaráu (CE), Erlane Muniz de Araújo Martins; e o diretor da Escola de Educação Escolar Quilombola Graúna, localizada em Itapemirim, Jurandir Domiciano.

O último painel, por sua vez, vai selar com os gestores o compromisso na implementação de políticas antirracistas, desenhando os lugares de atuação da gestão nessa caminhada, com a participação da especialista do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT) e professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF), Maria das Graças Gonçalves; além da analista de Projetos Sociais e Educacionais do Instituto Unibanco, Ivanilda Amado Cardoso.

Jovem de Futuro

A Secretaria da Educação e o Instituto Unibanco atuam em parceria na implementação do Programa Jovem de Futuro na Rede Estadual de Educação. Por meio do programa, são disponibilizados para as escolas, Superintendências Regionais de Educação (SREs) e para a Sedu formações, metodologias, sistemas e instrumentos que dão suporte ao trabalho de gestão em educação. Nessa trajetória de parceria, o Espírito Santo desenvolveu e consolidou processos de formação dos diversos atores que compõem a área da educação pública, promovendo ações de mobilização e engajamento, de monitoramento da implementação do programa, de análise de dados e de indicadores e iniciativas de assessoria técnica.

“Na perspectiva de fortalecimento da rede, temos incluído na pauta da gestão questões imperativas e urgentes para a melhoria dos resultados educacionais. Um destes temas é a Equidade Racial. Por isso, a importância de realizar eventos como esse, a fim de efetivar a responsabilidade dos gestores educacionais com a implementação dos marcos legais da Educação das Relações Étnico-Raciais e comprometer a todos com a redução das desigualdades raciais nas escolas”, comentou a gerente de Implementação de Projetos do Instituto Unibanco, Maju Azevedo.

A inclusão da temática da Educação das Relações Étnico-Raciais se fez mais presente enquanto política da Sedu, com a criação, em 2019, da Comissão Permanente de Estudos Afro-brasileiros (Ceafro), sob a responsabilidade da Gerência de Educação do Campo, Indígena e Quilombola (GECIQ), e a instituição do Programa de Enfrentamento ao Racismo nas Escolas da Rede Pública Estadual. “Desde então, o Instituto Unibanco tem sido um parceiro no fortalecimento de uma política de Educação Antirracista”, destacou o secretário Vitor de Angelo.

Sobre o Instituto Unibanco

O Instituto Unibanco é uma instituição sem fins lucrativos que atua pela melhoria da qualidade da educação pública no Ensino Médio, por meio da gestão. O objetivo é contribuir para a permanência dos estudantes na escola, melhoria da aprendizagem e redução das desigualdades educacionais. A atuação do instituto é baseada em evidências, valorizando a diversidade e acelerando transformações por meio da gestão. Fundado em 1982, integra o grupo de instituições responsáveis pelo investimento social privado do grupo Itaú-Unibanco. www.institutounibanco.org.br.

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