08/03/2019 08h59 - Atualizado em 08/03/2019 09h06

Professora incentiva alunas a ocuparem espaço na Educação Científica

Uma entusiasta na educação científica. É dessa forma que Júlia Raquel Peterle, 35 anos, professora de Química da Escola Irmã Maria Horta, em Vitória, define sua carreira profissional.  Esposa, mãe de dois filhos e profissional atuante há onze anos na Rede Estadual, é uma incentivadora das ações para o fortalecimento da ciência e, com isso, conquistou o primeiro lugar em 2018, do Prêmio Shell de Educação Científica. Hoje a professora inspira demais colegas da rede e é um dos exemplos a ser destacado neste 8 de março, Dia da Mulher.

“O prêmio, que foi fruto de projetos científicos desenvolvidos em sala de aula, é o trabalho que eu busco desenvolver com meus alunos e deu muito certo, pois tive a alegria de participar e conquistar o prêmio. Pude ter a experiência de uma imersão de dez dias em Londres, quando adquiri mais conhecimentos e com todo o aprendizado que tive lá, estou multiplicando aqui na Rede Estadual”, disse Júlia, que alcançou o reconhecimento por meio de um projeto de intervenção ambiental em meio à proposta do STEM Education.

O incentivo à educação científica é para todos os alunos, mas Júlia não esconde que seu foco é também, motivar as alunas a se interessarem pela área, que, segundo ela, ainda é muito ocupada por homens.

“É um desafio enorme para nós professoras impulsionar nossas alunas nessa área. É um desafio para nós professoras impulsionar as meninas neste universo, ocupado por poucas mulheres pelo mundo afora, é uma quantidade menor em relação aos homens. E o desafio não é só das escolas, mas também, das universidades e empresas”, afirmou.

O amor pela profissão de educadora está atrelado ao sentimento de suas alunas também conquistarem cada vez mais este espaço. “Procuro desempenhar e honrar a minha profissão para poder, além de um trabalho que faça sentido para os estudantes, também estimular as nossas alunas para essa área científica. Tenho um olhar muito otimista no que tange a essas ações, que ampliam a participação feminina nesta área. Acredito que a escola é um espaço ideal para isso, pois ela tem um papel de discutir ideias em busca de uma sociedade mais justa e com mais equidade”, afirmou.

Texto: Geiza Ardiçon

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