Estudantes da EEEFM Marinete de Souza Lira representaram o Espírito Santo em evento nacional de ciência e tecnologia com projeto de propulsão caseira

Três estudantes da 3ª série do Ensino Médio da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Marinete de Souza Lira, localizada na Serra, conquistaram o 2º lugar na Copa Sudeste de Foguetes 2025, realizada nos dias 14 e 15 de junho, no município de São Carlos, em São Paulo. A escola foi a única da Rede Pública Estadual do Espírito Santo a participar do evento, e a equipe trouxe para casa medalhas e um troféu de prata.

Orientados pelo professor de Química Bruno Magela de Melo Siqueira, os alunos construíram um foguete com garrafa PET e base de lançamento, utilizando como combustível uma reação entre vinagre e bicarbonato de sódio. A proposta foi inscrita na categoria Nível 4 da Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), e envolveu conceitos de Química, Física, Matemática, Geometria e Engenharia.

Durante o evento, os estudantes participaram de palestras sobre tecnologia aeroespacial, trocaram experiências com equipes de diferentes estados e vivenciaram a aplicação da metodologia científica em um ambiente colaborativo e multidisciplinar.

Além do reconhecimento conquistado, a escola se prepara para mais um marco: entre os dias 8 e 12 de dezembro, participará da 2ª fase da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Foguetes (OBAFOG), em Barra do Piraí, no Rio de Janeiro, e será uma das quatro escolas públicas capixabas a participar da primeira edição do evento com foguetes de múltiplos estágios.

Segundo o professor Bruno Magela de Melo Siqueira, a experiência foi enriquecedora: “Ver a ciência acontecendo na prática em um ambiente de troca e inovação é algo que marca para sempre. Eles voltam mais motivados e conscientes de seu potencial. A conquista do segundo lugar é um orgulho imenso para toda a comunidade escolar.”

Os estudantes também relataram a importância do projeto. “Foi incrível ver nosso foguete decolando e competir com equipes de tantos lugares. Aprendi muito sobre como a ciência funciona de verdade. E ainda voltamos com medalha e troféu!”, disse Kauã Pereira Xavier, da 3ª série do Ensino Médio.

Daniel de Aguiar dos Santos, também da 3ª série do Ensino Médio, destacou o aprendizado coletivo: “Nunca pensei que construir um foguete poderia me ensinar tanto. Foi difícil, mas conseguimos juntos. Representar nossa escola e ainda ser vice-campeão foi uma experiência inesquecível.”

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