Estudantes de Cachoeiro de Itapemirim em privação de liberdade participam de Círculo de Cultura sobre profissões e racismo

Ação buscou promover um diálogo reflexivo inspirado no método de Paulo Freire.
Estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) que estão matriculados no Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos (CEEJA) de Cachoeiro de Itapemirim, participaram de um Círculo de Cultura com o tema “Profissões e Desigualdade Racial: Vamos falar sobre isso?”. A atividade foi conduzida pela professora de Língua Portuguesa Rosangela Andrade Dias Ramos e inspirada no método dialógico de Paulo Freire.
A proposta teve como objetivo promover a conscientização crítica sobre as desigualdades raciais e os desafios enfrentados por diferentes grupos étnicos no mercado de trabalho. Durante o encontro, os estudantes compartilharam vivências e expectativas, e contaram com a presença de profissionais convidados de diferentes áreas, que relataram suas trajetórias e estratégias de superação.
A atividade proporcionou reflexões sobre as barreiras estruturais que impactam a inserção social e econômica da população negra, fortalecendo o protagonismo dos participantes. Por meio da escuta ativa e da troca de experiências, foi possível ampliar as perspectivas dos estudantes quanto à reinserção social e ocupacional, reforçando o papel da educação como instrumento de transformação pessoal e social.
“A ressocialização dos estudantes privados de liberdade por meio da educação e da qualificação profissional prepara-os para o mercado de trabalho, possibilitando um novo olhar de esperança e valorização para si mesmos, como pessoas e cidadãos no meio social”, comentou a professora Rosangela Andrade Dias Ramos.
O estudante J. A. B., do 6º ano do segundo segmento do Ensino Fundamental, contou: “Participar do Círculo de Cultura foi uma experiência transformadora para mim. Durante anos no sistema prisional, muitas vezes me senti sem perspectivas e desmotivado. Esse espaço de diálogo me permitiu refletir sobre minha trajetória e compreender as desigualdades que enfrentamos no mercado de trabalho. Ouvir profissionais compartilhando suas histórias de superação me inspirou a acreditar que posso construir um futuro diferente. Agora, vejo a educação como uma ferramenta essencial para minha reintegração social e para alcançar novos objetivos na vida.”
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