Parceria entre Sedu e Sejus arrecada mais de 60 mil garrafas pet para projeto de ressocialização
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Alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Professor Geraldo Costa Alves, localizada no município de Vila Velha, estão participando de uma mobilização que une educação, sustentabilidade e solidariedade. A ação, em apenas dois meses de realização, arrecadou mais de 60 mil garrafas PET que foram encaminhadas à Casa de Custódia de Vila Velha (Cascuvv), onde serão usadas como matéria-prima na produção de vassouras ecológicas.
A iniciativa é uma proposta do professor de Física, Carlos Gilmar de Oliveira Brum, que envolveu cerca de 13 turmas e mais de 400 estudantes. Denominada “Jornada Afroambiental: Conhecer, Respeitar e Cuidar”, a gincana interdisciplinar integrou conteúdo da área de Ciências da Natureza, cultura afro-brasileira e temas socioambientais.
“Quando soube por internos alunos que a unidade havia iniciado o projeto das vassouras, decidi unir essa iniciativa a minha atuação na escola EEEFM Professor Geraldo Costa Alves, onde dou aula de Física. Foi então que nasceu o projeto Jornada Afroambiental, desenvolvido como parte do Projeto Integrado do 2º trimestre na área de Ciências da Natureza. O tema era sustentabilidade e decidi propor uma gincana interdisciplinar envolvendo 13 turmas do Ensino Médio, com cerca de 44 alunos por sala”, explicou Carlos Gilmar de Oliveira Brum.
De acordo com o professor, a turma que arrecadasse o maior número de garrafas ganharia uma pontuação especial. E o resultado da gincana foi surpreendente. “Os alunos superaram todas as expectativas, demonstrando grande envolvimento e compromisso. Já na primeira semana arrecadamos cerca de sete mil garrafas e, ao final de dois meses, chegamos a impressionantes 58 mil garrafas pet, recolhidas nos bairros de Vila Velha e regiões vizinhas”, disse o professor.
As garrafas estão sendo direcionadas à unidade prisional de forma gradativa. Para cada vassoura, são utilizadas, aproximadamente, oito garrafas pets. O projeto, que está em fase de estruturação, também conta com a doação de madeiras que são usadas para a fazer a base e o cabo das vassouras produzidas. Esse serviço também é realizado na marcenaria instalada dentro da unidade prisional.
A diretora da Casa de Custódia de Vila Velha (Cascuvv), Bruna Braga, explicou que o projeto une vertentes importantes. “O projeto une ressocialização e sustentabilidade. Com a parceria, conseguimos transformar materiais que iriam para o lixo em um produto útil e sustentável. O projeto capacita os internos para uma atividade produtiva e que pode também ser fruto de renda para quando eles estiverem em liberdade. Além disso, o valor ambiental é muito significativo”, destacou Bruna Braga.
“Essa conexão entre escola e sistema prisional é uma demonstração de como projetos educativos podem ultrapassar os muros da sala de aula e transformar realidades com propósito social e ambiental”, completou Brum.
O projeto também visa iniciar a produção de escovas de limpeza feitas com garrafas pets. Os materiais produzidos são utilizados para limpeza da unidade prisional e também serão doados para escolas e entidades sociais.
Garrafas pets também são usadas para construção de tanques de peixes
Além das vassouras ecológicas, garrafas pets também foram usadas para construção de dois tanques de tilápias na Casa de Custódia de Vila Velha (Cascuvv). O projeto de piscicultura foi iniciado no ano passado, durante atividades pedagógicas.
“A iniciativa nasceu a partir de um desafio proposto aos alunos internos de criar um projeto sustentável. A ideia era construir um tanque de criação de peixes utilizando garrafas pet. Como era necessária uma grande quantidade de garrafas, recorremos aos alunos das escolas regulares, reunindo três turmas do Ensino Médio. Com a gincana, alcançamos a arrecadação de três mil garrafas pets para o projeto da unidade prisional”, explicou o professor.
“A arrecadação foi o suficiente para construção de dois tanques, de oito metros de altura por quatro metros de comprimento e capacidade para 30 mil litros de água. Inicialmente, foram introduzidas no espaço 100 tilápias. O projeto conta com o trabalho de internos e a supervisão de servidores da unidade. Em breve, pretendemos também iniciar o cultivo de camarões de água doce no local”, acrescentou Bruna Braga.
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