28/05/2025 17h32 - Atualizado em 28/05/2025 17h33

CEEJA de Colatina desenvolve atividade de Biologia acessível para estudante com deficiência visual

Iniciativa promoveu aprendizado multissensorial sobre DNA e adaptação dos seres vivos com uso de materiais táteis e estratégias inclusivas.

O Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos (CEEJA) Pedro Antonio Vitali, localizado no município de Colatina, desenvolveu uma atividade de Biologia voltada à inclusão pedagógica de estudantes com deficiência visual. A proposta foi conduzida pelo professor Ricardo Smarzaro, com apoio da professora de Atendimento Educacional Especializado (AEE), Francismara Gramilih Andreatta.

Com o objetivo de apresentar, de forma acessível e concreta, os conteúdos sobre a estrutura da molécula de DNA e as adaptações morfológicas de seres vivos no contexto da Seleção Natural, a ação transformou conceitos tradicionalmente visuais em experiências multissensoriais, utilizando modelos táteis, materiais de baixo custo e metodologias inovadoras.

O estudante Rafael Soares dos Santos iniciou a atividade explorando a estrutura da célula animal em um modelo tridimensional com ênfase no núcleo celular. Em seguida, conheceu os nucleotídeos por meio de representações em relevo confeccionadas com bolas de isopor, palitos de churrasco e EVA. Ao receber um modelo plano representando a dupla hélice do DNA, Rafael foi orientado a torcê-lo com as mãos, formando a estrutura helicoidal, vivenciando o conceito de forma concreta e autônoma.

Outra etapa da atividade incluiu a compreensão das adaptações morfológicas de aves, utilizando um vídeo descritivo e modelos em massinha representando diferentes tipos de bico. A partir da simulação com objetos como pinça, alicate e pegador de macarrão, Rafael associou os formatos aos alimentos correspondentes, relacionando forma e função — princípio fundamental da Seleção Natural.

De forma lúdica, o estudante também construiu uma molécula de DNA com jujubas e chicletes, demonstrando a combinação correta das bases nitrogenadas representadas por sabores distintos. Essa prática fortaleceu a memória, o raciocínio lógico e a coordenação motora fina.

Segundo o professor Ricardo Smarzaro, a ação demonstrou o poder da adaptação pedagógica para democratizar o acesso ao currículo: “A atividade promoveu no estudante o desenvolvimento de habilidades importantes, como criatividade, oratória e autonomia na busca pelo conhecimento. Trabalhar com recursos táteis foi essencial para garantir que o conteúdo fosse significativo e vivenciado em sua totalidade.”

Além da aprendizagem de conteúdos específicos, a ação reforça a importância da adaptação de materiais para estudantes com deficiência visual, garantindo que o direito à educação plena seja respeitado. A proposta destaca-se como uma boa prática pedagógica, alinhada aos princípios da equidade e da inclusão no contexto da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

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