29/05/2025 14h40 - Atualizado em 29/05/2025 14h42

Escolas da Rede Estadual promovem ações educativas de valorização da cultura negra e enfrentamento do racismo

Atividades realizadas em diferentes municípios do Espírito Santo integraram práticas interdisciplinares com foco em letramento racial, empatia e respeito à diversidade.

Oficina sobre Páscoa Vieira promove reflexão histórica e crítica social em escola de Alegre

Durante o mês de maio, a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Ana Monteiro de Paiva, localizada no município de Alegre, realizou a oficina “Páscoa Vieira – Resistência e Liberdade no Brasil Colonial”, com estudantes da 1ª série do Ensino Médio. A atividade foi conduzida pelos professores Ronilson Oliveira Paulino e Eliane Silva de Sant’anna.

A proposta abordou a trajetória de Páscoa Vieira, mulher negra escravizada na Bahia do século XVII, que entrou com um processo judicial e conquistou sua liberdade. Por meio de roda de conversa, pesquisas, produções escritas e painéis informativos, os alunos refletiram sobre a resistência negra e a justiça social no Brasil colonial.

A ação desenvolveu habilidades de escrita argumentativa, empatia e análise crítica, permitindo conexões entre o passado e os desafios contemporâneos relacionados ao racismo estrutural e às desigualdades sociais.

"Ao refletirmos sobre sua trajetória, não estamos apenas aprendendo história, mas também discutindo questões sociais, raciais e de gênero que ainda são muito presentes na nossa sociedade", ressaltou o professor Ronilson Paulino.

A aluna Sarah Alexandrina Carmo de Souza Silva destacou: “Eu nunca tinha ouvido falar de Páscoa Vieira, e isso me fez perceber quantas histórias importantes ficam escondidas. Aprendi mais sobre racismo, injustiça e resistência, e acho que essa oficina ajudou a gente a pensar de um jeito mais crítico sobre o passado e sobre o que acontece hoje.”

Projeto “Afroletrando – Aquilombar-se com Palavras” fortalece letramento racial em evento literário em escola de São Mateus

Representando a Escola Estadual de Ensino Médio (EEEM) Ceciliano Abel de Almeida, do município de São Mateus, quarenta alunos e professores participaram da 2ª Festa Internacional da Palavra, realizada na última semana no distrito de Itaúnas, em Conceição da Barra. A ação integrou as atividades do projeto “Afroletrando – Aquilombar-se com Palavras”, promovido pela escola.

Durante o evento, os participantes acompanharam mesas-redondas, interagiram com autores da literatura negra brasileira e indígenas, dialogaram com a atriz Elisa Lucinda e exploraram estandes literários. A programação incluiu também o debate “Literatura e Negritude – O Fim do Silêncio”, com mediação de Jefferson Gonçalves e participações de Arquimino dos Santos e Kiusam de Oliveira.

O objetivo do projeto foi promover o letramento racial, a oralidade e a valorização das culturas afro-brasileira e indígena, integrando áreas do conhecimento e estimulando produções textuais, artísticas e reflexivas a partir das experiências vivenciadas.

“Na 2ª Festa Internacional da Palavra, vozes afro-brasileiras, quilombolas e indígenas se uniram para valorizar narrativas de resistência, ampliar o letramento racial e respirar ancestralidade”, destacou o professor Marcos Góes Oliveira, coordenador do projeto.

Roda de conversa e manifestações culturais mobilizam escola contra o racismo em Guarapari

A EEEM Doutor Silva Mello, no município de Guarapari, promoveu, na última segunda-feira (27), a ação “Respeito não tem cor”, com foco na promoção da igualdade racial e no combate ao racismo. A atividade foi organizada pela professora de História Maurizete Pimentel Loureiro Duarte, em conjunto com a área de Humanas do turno integral.

A programação contou com uma roda de conversa com três professores da escola, afrodescendentes, que compartilharam suas trajetórias de vida com os estudantes. Em seguida, houve apresentações de capoeira e da banda de congo de Guarapari.

A ação teve como objetivo conscientizar a comunidade escolar sobre a importância do respeito à diversidade racial, promover atitudes antirracistas e valorizar as identidades negras no ambiente educacional.

"Fortalecer as leis 10.639/2003 e 11.645/2008 é afirmar o compromisso da escola com a igualdade racial, a formação cidadã e com uma educação que reflita, respeite e celebre a riqueza da diversidade brasileira”, afirmou a professora Maurizete Duarte.

O estudante Estevão Pires compartilhou sua percepção: “A iniciativa foi extraordinária e muito bem organizada. Ajudou a gente a compreender melhor sobre identidade, respeito e a importância de reconhecer as etnias de outras pessoas.”

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