Formatura da EJA em privação de liberdade celebra sonhos e dignidade por meio da educação

Cerimônia realizada pela Escola Governador Lindenberg, em Barra de São Francisco, marca a conclusão da 3ª etapa do ensino por 15 estudantes privados de liberdade.
Na última quinta-feira (10), a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Governador Lindenberg, localizada em Barra de São Francisco, celebrou a formatura de 15 alunos da 3ª etapa da Educação de Jovens e Adultos (EJA) em regime de privação de liberdade da Penitenciária Regional de Barra de São Francisco (PRBSF). O evento, repleto de emoção e significado, contou com a presença de professores atuais, ex-professores da unidade e com a presença um familiar de cada estudante formando. “Esta formatura representa mais do que um certificado na mão. É a concretização de sonhos antes silenciados, de oportunidades recusadas e agora retomadas. A EJA em privação de liberdade cumpre seu papel ao oferecer, inclusive atrás das grades, a dignidade do acesso ao saber”, disse o pedagogo da Unidade Marilson Gomes Borjaille.
A solenidade foi pensada para ir além da mera entrega de certificados. Iniciou-se com um momento de espiritualidade, conduzido por louvores e reflexões que resgataram a jornada educacional desses estudantes. Os professores homenageados receberam placas e uma lembrancinha confeccionadas pelos próprios estudantes.
“A formatura da 3ª etapa da EJA em privação de liberdade simboliza a transformação que a educação proporciona, mesmo em contextos adversos. O envolvimento da equipe pedagógica, professores — atuais e antigos —, e familiares demonstra que, para além da estrutura escolar, há uma rede de cuidados e apoio essencial para que esses indivíduos reencontrem caminhos de futuro”, destacou o diretor da Unidade Makssuel Delevedove.
Aula especial como preparação
Dias antes da formatura, os alunos participaram de uma aula especial integrada, com as professoras Charla Pereira Santos, Fernanda Teixeira Pereira e o professor Hittyel Ribeiro Dias. O objetivo da atividade foi proporcionar reflexões, troca de experiências e o reforço do vínculo afetivo entre estudantes e docentes.
“Educar em privação de liberdade é, acima de tudo, acreditar que todo ser humano pode reescrever sua história”, pontuou o professor Hittyel Ribeiro.
A cerimônia reafirma o compromisso da rede pública estadual com o direito à educação para todos, fortalecendo a missão da EJA como instrumento de emancipação, cidadania e esperança, mesmo em espaços onde o acesso ao saber parecia distante.
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